“Eu sou eu e minha circunstância, e se não salvo a ela não salvo a mim.”
Ortega y Gasset
Perfil
Lúcia Lippi Oliveira é Professora Emérita da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas. Graduada em Sociologia pela Puc-Rio, mestre em Ciência Política no IUPERJ – Cândido Mendes e retornou à Sociologia em seu doutorado na USP.
Fez sua carreira profissional como pesquisadora e, mais adiante, professora em um centro de pesquisa e documentação em História Contemporânea do Brasil (CPDOC), onde ingressou em 1976. Em sua bolsa de pós-doutorado concedida pela Capes na Brown University deu continuidade à pesquisa sobre estudos comparativos entre o Brasil e os EUA.
Daí a pergunta cabível feita por Bernardo Buarque em título de artigo publicado em Estudos Históricos: “Trata-se de uma socióloga com olhar histórico ou uma historiadora com perspectiva sociológica?”
Suas pesquisas estiveram dirigidas para a análise da produção intelectual dos pensadores/ideólogos/acadêmicos que discutiram a construção de uma identidade nacional para o Brasil a partir dos anos 1920. Seus textos e publicações versam sobre a interpretação da Revolução de 1930, a ideologia do Estado Novo, a questão nacional na Primeira República, a produção sociológica de Guerreiro Ramos, a comparação entre a representação nacional no Brasil e nos EUA e o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. São muitos os tópicos mas eles perseguem um mesmo tema abrangente: a questão da construção nacional.
livros
De sua autoria, que organizou e em co-autoria
Apresenta as reformas urbanas das cidades européias na segunda metade do século XIX que deram origem ao debate sobre o que preservar e o que destruir. No Brasil explora o nacionalismo arquitetônico representado pelo estilo Neocolonial que teve na Exposição Internacional do Centenário em 1922 seu apogeu. Acompanha a criação de novas capitais em contraponto às antigas capitais tais como Belo Horizonte/Ouro Preto e Brasília/Rio de Janeiro.
A cidade é o lócus privilegiado onde diversas representações se mesclam sem que uma delas, a mais nova, elimine as anteriores. Pode-se dizer que a cidade se apresenta como um sítio arqueológico das experiências e representações sociais.
A cidade é também detentora de vestígios de diversos passados e operadora da memória que se faz presente nos monumentos históricos, nas bibliotecas, nas estátuas, nos conjuntos arquitetônicos, nas estações, nos edifícios, entre outros equipamentos da vida urbana.
Já está disponível no site da FGV em formato de ebook. E em breve estará nas demais lojas, como Amazon, Apple e Google Play.
Este guia nos leva pelos caminhos da história da cultura e do patrimônio no Brasil, indicando os marcos importantes, as trilhas conhecidas e aquelas a serem exploradas.
O livro examina o lugar dos imigrantes no pensamento brasileiro. Busca compreender como foi o contato cultural com esse outro e identificar a contribuição que esses homens e mulheres deram para o processo de construção de uma identidade nacional.
ARTIGOS
130 anos: em busca da República
Organizadores: Edmar Bacha, José Murilo de Carvalho, Simon Schwartzman e outros.
Publicado pela Intrínseca em junho de 2019, “130 anos: em busca da República” – foi o vencedor na categoria Ciências Sociais da 62ª edição do Prêmio Jabuti.
Projetos
Revista Estudos Históricos (1988)
